Faz tempo, eu ainda deixo lembrar
Sofri calado fundo num brejo alagado
Nome de mote sempre desprezado
Contendo seu puro lume de volitar
Dói de alma contentar estar
Entre aquele sem vista para apoiar
Dói mais ainda ver-se sem trato
Tendo carne podre em prato dado
E ferem, e sangram, perdidos de par
Na noite escura de vento tombado
Estão livres querendo apenas dançar
Em noites que antes tiveram céus iluminados
Hoje tem ser morrendo por tiro salgado
saído quente querendo alma para desalmar
Mas se esta parte de alma de alma tiveres alcançado
não terás nenhuma vida com quem partilhar
Cuidado não vem para quem não tem cuidado
Devia ser certo disso já se apoderar
Por querer merecer lugares errados onde estar
Perdem-se mais artigos, poema dorme acinzentado
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