me fizeram um insensato errante
busco em outros quereres trilhar
não me sinto bem neste acaso
preciso ser mais ou será apenas fruto do atraso
Na vida há encantos que não podemos avistar
Há praias que meu barco nunca irá navegar
Os sais do mar são prova do que não tomarei
Uma gentil peça cardíaca desvia-se das flechas
guiando-se contra purezas incertas
Mais que vida é menos sonhos
Ter mais sonhos, realça menos vida - neste caso
Sem vida não haverá outro sonho
pois que finda neles a própria vida
Não encontro ninguém no espelho
por mais que olhe são apenas portas o que vejo
ousar entrar-lhes penso se tento
Se dos pesadelos as portas guardam-me novo advento
Que poema doído. Acho que todo mundo se sente na sombra alguma vez na vida. Esse não se encontrar no espelho faz parte da busca por si mesmo. Essência que precisa ser cavada até as profundezas para aparecer.
ResponderExcluirGosto quando a arte reflete a alma. Ela nos ajuda nesse processo de descoberta.
Um beijo,
Fernanda Rodrigues | contato@algumasobservacoes.com
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